Este é o primeiro Top 9 que já chega com prazo de validade, tamanha a frequência com que novos e memoráveis ROM hacks são lançados, e tantos antigos que ainda não tivemos oportunidade de experimentar.
Os hacks variam de traduções de texto até a total reconstrução de jogos clássicos. Essas modificações, em grande parte ousadas e cheias de imaginação, vieram para celebrar a cena retrô e aprimorar aspectos que não resistiram tão bem ao passar dos anos.
ROM Hacks
Nossa lista vai focar em hacks que renovam o jogo completamente, com design modificado de fases, poderes e outros elementos da experiência que já estejam meio ‘manjados’.
9. Street Fighter II: Rainbow Edition (Arcade)
Nada mais justo que começar a lista pelo vovô dos hacks. Se você entrou num fliperama no começo dos anos 90, há boas chances de ter se deparado com uma dessas máquinas alteradas de Street Fighter II.
As mudanças são hilárias, como Hadoken aéreo, Zangief flutuante, troca instantânea de personagem e mais.
O Rainbow Edition é creditado, inclusive, como tendo influência direta na criação de Street Fighter II: Hyper Fighting, que introduziu a velocidade Turbo à série.
8. Metal Sonic Hyperdrive (Genesis)
Este hack do primeiro Sonic para Mega Drive transforma o universo do ouriço azul em um imenso parque de diversões. Ou ao menos essa é a sensação.
As fases são alucinantes e desafiadoras, mas sem aquela coisa de exigir que o jogo inteiro seja memorizado para ter alguma chance de vitória.
O hack conta com vários personagens jogáveis, incluindo Metal Sonic, Kirby – ele mesmo! – e Lone Devil, criação do hacker, que usa sua foice como arma e para auxiliá-lo nos movimentos.
7. Metroid: Rogue Dawn (NES)
Não há como negar que o Metroid original do Nintendinho é um jogo importante, mas que também tem algumas inconveniências difíceis de engolir. Passwords gigantescos, energia baixa demais quando se perde uma vida, etc.
Rogue Dawn corrige esses problemas, incluindo um sistema de save e estações que renovam a energia de… Dawn? Espera, aquela não é Samus?
Na verdade, Rogue Dawn conta uma história nova, com uma protagonista nova, em um planeta diferente e com seu próprio estilo visual. A arte é mergulhada em sombras, e a atmosfera é de um lugar perigoso e assustador.
Se você gosta do Metroid para NES, ou se queria ter gostado mas o achou datado, vale dar uma chance a Rogue Dawn.
6. Rockman CX (NES)
Já fica o aviso: a dificuldade deste hack é brutal.
Rockman CX reinventa Mega Man 2, com novos chefes, fases e poderes que só podem ter saído de uma cuca meio perturbada. Achou o comentário cruel? Pois volte aqui depois de lutar contra Cheat Man! O cara tem trapaça no nome, tente só imaginar as coisas que ele apronta…
Mas sério, apesar do desafio muitas vezes injusto, o hack é ótimo.
O valor de estratégia é exatamente o que os fãs de Mega Man mais hardcore procuram, com fases que ficam mais fáceis se certos poderes tiverem sido conquistados, e quase impossíveis na primeira visita.
E dá pra jogar com Quick Man!
5. Mario Adventure (NES)
Um hack completo de Super Mario Bros. 3 que aumenta a dificuldade consideravelmente sem sacrificar a diversão.
Os sete novos mundos são selecionáveis desde o início, e podem ser encarados em qualquer ordem. Todas as fases do jogo terminam com um mini-chefe, e 7 chaves precisam ser encontradas para destravar o mundo final.
Há novos poderes, como a varinha mágica, e itens alterados, como o Fire Flower que faz Mario pular mais alto. O famoso Kuribo Shoe, aquela bota verde engraçada, retorna como um power-up permanente.
O jogo ainda permite carregar um item reserva, tipo em Super Mario World, e salva seu progresso automaticamente, não necessitando warps ou passwords.
Se achar a dificuldade chatinha, sugiro Super Mario Bros. 3-Mix, também de ótima qualidade e com design mais moderno, emprestando elementos de New Super Mario Bros. e Galaxy.
4. Link to the Past + Super Metroid Randomizer (SNES)
Tava em dúvida entre o Randomizer de Link to the Past ou Super Metroid, então decidi pelos dois… juntos!
Este é um Randomizer que literalmente combina os dois clássicos do Super Nintendo em um só. Itens de Super Metroid podem aparecer aleatoriamente em Hyrule, e vice-versa. O jogador transita entre os dois mundos através de salas especiais, coletando armas e expansões que abrem caminhos no imenso labirinto.
A dificuldade é ajustável, e o hack oferece regras (ou ‘lógicas’, na linguagem dos hacks) que garantem certas comodidades. Mas é claro que ajuda estar familiarizado com o layout dos mapas, já que a experiência é praticamente um quebra-cabeça adaptado.
3. Super Mario Star Road (N64)
Star Road é perfeito para quem sempre sonhou com uma sequência de Super Mario 64 ainda no Nintendo 64.
O design e a dificuldade escalam mais ou menos na mesma proporção que o original, o conceito de coletar estrelas douradas foi preservado – consegue agarrar as 130? –, e os mundos são totalmente novos e criativos, um deles formado por instrumentos musicais flutuantes.
2. Hyper Metroid (SNES)
Já explorou o mapa de Super Metroid tantas vezes que perdeu um pouco a graça? Hyper Metroid oferece um planeta novíssimo, naquele mesmo gameplay viciante de Super.
O mapa é bem planejado e organizado, com opções de rotas, atalhos e possibilidade de quebrar a sequência natural de itens do jogo, algo que fãs de Metroid sempre buscam minuciosamente.
Criado a partir de outro hack, Project Base – recomendo também! –, Hyper traz alterações convenientes na física do jogo, como a habilidade de voltar a girar no ar mesmo depois de ‘quebrar’ o giro com tiros.
Finalmente, Hyper Metroid incorpora ao mundo 2D uma estrutura de objetivos similar à da série Metroid Prime: vários portões espalhados pelo planeta precisam ser encontrados e ativados para ter acesso à area final.
1. Rockman 4 Minus Infinity (NES)
Sem dúvida, o hack mais ambicioso da série Mega Man. E na minha opinião, o melhor hack de todos os tempos.
Minus Infinity muda tantas coisas em Mega Man 4 que só alguns poucos elementos ainda lembram o original. É essencialmente o seu próprio jogo.
Os poderes que Mega Man adquire em Minus Infinity são exagerados, talvez potentes demais – até fazem o desafio parecer nulo –, mas o hack equilibra bem o design através da distribuição de inimigos e obstáculos, sempre deixando o jogador atento ao próximo passo.
As fases são absurdamente criativas e empolgantes, como a que presta homenagem a Metal Slug. Há referências a outras propriedades como Gradius, Contra e claro, à série Mega Man, com tantas participações especiais que a gente perde a conta.
Minus Infinity é repleto de segredos e easter eggs, incluindo poderes extras escondidos pelas fases, sistema de ranking e modos para destravar.
E o jogo é bem bonzinho com relação ao desafio: é permitido iniciar cada fase com até 9 E-Tanks, 9 vidas e alguns poderes já disponíveis. Em outras palavras, o jogador é quem cria a própria dificuldade.
E você, tem alguma sugestão de mod ou hack que vale dar uma olhada? Manda pra nós!
Se estiver em um clima menos… hackeado, pule ali em Jogos do Mario e confira nosso ranking de títulos do encanador mais acrobático do mundo.
Até mais!