O primeiro Super Mario Land foi uma boa surpresa no Game Boy, trazendo suas próprias ideias para o sistema portátil ao invés de simplesmente repetir o Super Mario Bros. original. A sequência, no entanto, foi algo realmente especial.
Wario, o mais novo antagonista da franquia, lançou um feitiço nos habitantes de Mario Land com o objetivo de tomar o castelo de Mario para si (eu nem sabia que Mario tinha um castelo!). Agora, o encanador bigodudo precisa resgatar seis moedas douradas espalhadas pelo mundo para poder acessar seu castelo e pôr fim nos planos maquiavélicos de Wario.
Venha relembrar a melhor aventura de Mario em preto e branco!
Um mundo inteiro à disposição
A novidade mais patente em Super Mario Land 2 é o mapa. Ao contrário de Super Mario World, onde o jogador descobre continentes um de cada vez, o mundo em Land 2 já é todo aberto desde o início.
Não há grande valor estratégico ao priorizar tal ou tal região do mapa, já que todas precisam ser atravessadas eventualmente, mas é sempre bacana poder montar nossa própria ordem de fases.
O jogo aproveita a influência de Super Mario World para copiar o conceito de saídas secretas também, embora aqui elas sejam poucas. Há ainda um casino onde Mario pode apostar moedas e ganhar power-ups ou vidas extras.
Dificuldade 99% inexistente
Talvez por conta dessa estrutura aberta de Land 2, que permite que qualquer região seja a primeira, as fases são bem fáceis.
A única exceção é justamente a última fase do jogo, o castelo de Wario, cujo desafio escala de forma repentina e um pouco exagerada. É uma fase divertida, mas passa a impressão de que seria melhor ter distribuído a dificuldade pelo mundo e preparado o jogador mais naturalmente para a fortaleza final.
Dieta à base de cenoura
Mario abandonou as roupas de guaxinim, sapo e urso vestidas em Super Mario Bros. 3 por um novo look de coelho. O item possibilita flutuar quase sem perder altitude, e várias fases do jogo contam com rotas alternativas que se beneficiam das orelhonas.
A clássica Fire Flower também volta, agora com uma peninha no chapéu de Mario que identifica o poder na realidade monocromática.
Charme ampliado
A ação no Super Mario Land original foi toda pensada para caber na mini tela do Game Boy sem afetar a jogabilidade, mas com isso a qualidade visual precisou ser sacrificada. Os sprites eram pequenininhos, e o layout das plataformas era tão apertado que as fases não tinham oportunidade para respirar.
Super Mario Land 2 optou por fazer o caminho inverso: trocou a objetividade pela criatividade. O zoom na tela é notável; não se enxerga muita coisa em volta de Mario, o que pode atrapalhar a reação do jogador em algumas situações. Mas o desafio é tão baixo que isso não chega a ser um problema grave.
E a vantagem do zoom, nesse caso, é poder mostrar sprites grandes e detalhados, além de cenários cheios de personalidade. As regiões do mapa variam de florestas ao espaço sideral, passando ainda por uma fábrica de brinquedos e dentro do estômago de uma baleia.
O design das fases reflete cada região com elegância: a gravidade nas áreas espaciais é menor, enquanto na floresta as folhas caem e podem ser usadas como plataformas.
A trilha sonora, por sua vez, captura bem os motes daquele universo com versões alternativas do tema principal, como valsa e cha-cha-chá.
Diversão menor? Que nada
Não é tarefa simples se destacar em um sistema claramente mais fraco que os principais, mas Super Mario Land 2 conseguiu. A sensação de liberdade que o jogo oferece é rara no gênero, com diversas possibilidades de rota, fases criativas e variadas e jogabilidade exemplar.
Super Mario Land 2 não ficou entre os nossos Top 9 jogos da série Mario, mas chegou perto. Ainda assim, sempre será uma das aventuras mais únicas do Bigode.
E você, tem um Mario preferido para os portáteis da Nintendo? Acho que o meu é esse mesmo. Manda aí nos comentários!
Até mais!