Além de produzir excelentes filmes de animação, a Pixar também produz curtas extraordinários, que muitas vezes emocionam e impressionam tanto quanto o longa metragem em si. É o caso de Bao.
Ele foi exibido antes de Os Incríveis 2, um dos lançamentos mais aguardados do estúdio em 2018, que após 14 anos da estreia do primeiro (Os Incríveis, 2004) recebeu uma continuação.
Talvez você tenha saído dos cinemas um pouco “mal”, com uma sensação estranha sobre o curta Bao, ou com dúvidas sobre o seu significado. Confira tudo sobre ele [com spoilers]!
Entenda Bao, o curta da Pixar
Com 8 minutos de duração, o curta dirigido por Domee Shi, uma diretora de cinema chinesa, traz uma dona de casa solitária, que ao cozinhar tradicionais bolinhos asiáticos e servi-los, um deles ganha vida. Ao adquirir a forma exata de um bebê, ela passa a cuidar dele como um filho.
Imerso nas tradições ocidentais, a mãe chinesa acompanha a evolução do “bolinho” cuidadosamente, como uma mãe dedicada e super protetora, disposta a defendê-lo de qualquer ‘perigo’ do mundo.
Porém ele cresce, se torna um jovem, e sufocado com toda aquela proteção, surge noivo de uma mulher de cultura diferente e se prepara para ir embora de casa.
Em um ato de desespero, a mãe não vê outra forma de seguir o protegendo, senão a de comê-lo -, certamente uma cena impactante.
Cheio de metáforas e muito drama, Bao traduz exatamente isso, o sentimento de uma mãe que protege o filho como ninguém, e que ao vê-lo sair do ninho, ainda que seja para construir sua vida, se vê desesperada e não consegue seguir em frente.
Ao final, ao vermos um novo personagem na tela – com características muito semelhantes as do bolinho -, nos damos conta de que, na verdade, toda a projeção anterior era fruto da imaginação e personificação do sofrimento da mãe, representando o filho, que ao sair de casa, se afastou da progenitora.
Como curiosidade, “baobao” é uma maneira de chamar bebês na China, o que explica a escolha do título do curta Bao.
Já conferiu Os Incríveis 2? Se emocionou com Bao?