Pesquisa do Procon-SP relata dificuldade das pessoas com deficiência no mercado de consumo

Enquete mostra que PcDs enfrentam dificuldades tanto no comércio físico quanto no online.

Uma recente enquete realizada pela Fundação Procon-SP revela que pessoas com deficiência ainda enfrentam obstáculos significativos no mercado de consumo. Este levantamento destaca a necessidade urgente de melhorias na acessibilidade, tanto em estabelecimentos físicos quanto em plataformas de comércio eletrônico.

Veja os principais dados adquiridos através da enquete.

Panorama das dificuldades enfrentadas

A pesquisa, que contou com 457 participantes, expõe uma realidade preocupante:

  • 92% dos entrevistados relatam dificuldades em lojas físicas;
  • 69% encontram obstáculos em compras online.

Comparação com dados anteriores:

Em relação ao levantamento de 2020:

  • Comércio online: retrocesso notável (61% sem dificuldades em 2020 vs. 31% em 2024);
  • Lojas físicas: melhora discreta (6% sem dificuldades em 2020 vs. 8% em 2024).

Principais desafios identificados

Foram identificados os seguintes desafios no comércio físico e no comércio online.

Em lojas físicas:

  • Barreiras arquitetônicas;
  • Falta de preparo dos atendentes;
  • Dificuldade de acesso a produtos e informações.

No comércio online:

  • Sites não acessíveis;
  • Problemas com cadastro e senhas;
  • Dificuldade em obter informações sobre produtos.

Setores mais problemáticos

Já os setores mais problemáticos nas lojas físicas e e-commerces são:

Lojas físicas:

  • Lojas em geral;
  • Supermercados;
  • Transportes;
  • Restaurantes/bares;
  • Bancos/financeiras.

Comércio online:

  • Lojas de variedades;
  • Supermercados;
  • Serviços em geral;
  • Serviços públicos;
  • Farmácias/drogarias.

Recomendações do Procon-SP

Para melhorar a acessibilidade, o Procon-SP sugere:

  • Eliminar barreiras arquitetônicas em lojas físicas;
  • Investir em treinamento de pessoal;
  • Aprimorar a acessibilidade em sites de e-commerce;
  • Adequar embalagens de produtos;
  • Implementar ferramentas de acessibilidade em plataformas digitais.

A luta por acessibilidade no consumo

A luta por acessibilidade no consumo não é recente. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90) são marcos importantes nessa jornada. Contudo, os resultados da enquete mostram que ainda há um longo caminho a percorrer.

Ao longo das últimas décadas, houve avanços significativos em termos de legislação e conscientização. No entanto, a implementação prática dessas conquistas legais continua sendo um desafio. A comparação entre os dados de 2020 e 2024 sugere que, apesar dos esforços, o ritmo de melhoria não está acompanhando o rápido crescimento do comércio, especialmente no ambiente digital.

Esta situação ressalta a importância de um esforço contínuo e conjunto entre governo, empresas e sociedade civil para garantir que o mercado de consumo seja verdadeiramente inclusivo e acessível a todos os cidadãos, independentemente de suas condições físicas ou sensoriais.

Conta aí nos comentários o que achou dos dados!

Fonte: Agência SP

Tales Almeida
Mineiro que vive no estado de SP. Empreendedor e especialista em redação para a internet. Utiliza o tempo livre para conhecer e aprender novas técnicas de comunicação. Tales trabalha desde a adolescência, sempre procurando evoluir, e acabou encontrando na web um caminho para tal. No site Mídia Paulistana, ele faz pesquisas constantes sobre diversos assuntos relacionados a São Paulo e outras regiões brasileiras.

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